Financiamento
"Financiamento
é uma questão crucial no quadro das mudanças de relações entre Estado e as
instituições educacionais, especialmente as públicas. As novas formas de
financiamento apresentam algumas características específicas e tão importantes
que acabam dando o tom aos conteúdos das reformas" (DIAS SOBRINHO, 2002,
pg.172)
O financiamento é um dos pontos centrais para a mudança profunda da educação e para que a universidade possa seguir seus caminhos de forma autônoma.
O financiamento é um dos pontos centrais para a mudança profunda da educação e para que a universidade possa seguir seus caminhos de forma autônoma.
Dados da
ANDIFES indicam que no período de 1995-2001, as 54 instituições federais de
ensino superior perderam 24% dos recursos de custeio (pessoal, água, luz,
telefone) e 77% de recursos para investimentos em sala de aula, laboratórios,
computadores e acervo bibliográfico.
Nos
últimos anos, a injeção de mais investimentos em educação reverteu em grande
medida este quadro, porém ainda não de forma estrutural. Com a DRU
(Desvinculação das Receitas da União), permanece a retirada anual no orçamento
da educação de cerca de R$ 7 bilhões e o percentual do PIB investidos,
não chega a 5%.
Nas
privadas, a desregulamentaçã o do setor faz com que as mensalidades aumentem
abusivamente e sem qualquer possibilidade de controle e transparência sobre as
planilhas de custo.
Um outro
problema que enfrentamos é a forte influência do capital privado nas
universidades públicas através das fundações de apoio.
Um outro problema é a desvirtuação de recursos públicos através das fundações privadas de apoio, em que não há transparência e gestão pública. São recursos de estatais (Petrobras, Eletrobras, CNPq,etc) e do SUS que são alocados nas fundações e de gestão privada. Essas fundações privadas se apropriam dos espaços públicos, dos recursos humanos e do conhecimento produzido a serviço da iniciativa privada e de grupos com intereses restritos. Após a ocupação da UNB em 2008, tivemos importantes conquistas na Regulação das fundações de apoio nas universidades públicas, assim como o fim do repasse do orçamento do SUS para as fundações, mas nosso objetivo é a extinção delas.
Um outro problema é a desvirtuação de recursos públicos através das fundações privadas de apoio, em que não há transparência e gestão pública. São recursos de estatais (Petrobras, Eletrobras, CNPq,etc) e do SUS que são alocados nas fundações e de gestão privada. Essas fundações privadas se apropriam dos espaços públicos, dos recursos humanos e do conhecimento produzido a serviço da iniciativa privada e de grupos com intereses restritos. Após a ocupação da UNB em 2008, tivemos importantes conquistas na Regulação das fundações de apoio nas universidades públicas, assim como o fim do repasse do orçamento do SUS para as fundações, mas nosso objetivo é a extinção delas.
Nesses
cinco anos acumulamos capacidade para hoje propormos mudanças mais profundas
para a universidade brasileira, compreendendo prioritariamente que é
fundamentalmente responsabilidade do Estado o financiamento da
universidade brasileira.
Propostas:
- Para o pleno exercício da
Autonomia Universitária: garantir novos patamares de investimento com a
destinação de 10% PIB. Para além das medidas emergenciais, É preciso dar
garantias para que a universidade goze da autonomia de gestão
administrativa, didático-pedagó gica e financeira. A luta pela aplicação
mínima de 75% do orçamento da educação na educação superior,
caracterizando política de Estado.
- Novas fontes de
financiamento: devemos perseguir novas formas de financiamento, como lutar
pela vinculação de 50% da arrecadação com royalties do petróleo da camada
pré-sal em educação pública
- Gestão financeira da
universidade brasileira: é preciso transparência, controle público,
abertura das planilhas das instituições privadas e gestão participativa e
criação de Conselhos de Administração democráticos para garantir uma
melhor aplicação dos recursos. O Fim das Fundações também passa por
mecanismos de garantia de financiamento e participação da sociedade na
gestão financeira.
- Pela retirada dos inativos
das despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, garantindo os
recursos do Tesouro Nacional para o pagamento desses servidores;
- Fim da DRU!
- Reestruturação dos HUs
garantindo maior financiamento através do compartilhamento de
responsabilidade com Ministério da Saúde e Ministério da Ciência e
Tecnologia.
- Aplicação em infra-estrutura
progressiva de 400 milhões até 2010, 1 bilhão até 2015 e 2 bilhões até
2020, num total mínimo de 3,4 bilhões de reais;
- Para a garantia de
recursos humanos deverão ser aplicados até 2015 no mínimo 3 bilhões
de reais, distribuídos pelos próximos 7 anos;
- Ou seja, expandir com
qualidade requer o mínimo de 6,4 bilhões a mais no orçamento da educação
pelos próximos anos.
- Pela aprovação do PL de
mensalidades da UNE, que define a instalação de comissão paritária de
negociação com representantes da instituição, permite a abertura da
planilha de receitas e despesas da universidade, garante o direito à
rematrícula dos inadimplentes e protege esses estudantes de abusos.
- Contra o SPC da Educação!
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